Todos mentem, todos fogem.
Quantas cores foram vistas nas estrelas aquela noite.O medo chega a viciar. É como escolher a solidão e assistir de camarote nosso próprio fim.
Talvez ele queira ser alguém mais importante, ou, quem sabe ser mais interessante. Naquela confusão eu chutaria menos frustrado e decidido.
Expressar seria impossível, como sempre é. Qual mente sentiria o que ele sentia naquele momento? Como alguém diria o que era preciso dizer?
Fugir é inevitável. Fingir é conseqüência.
Todos mentem, todos fogem.
“ Meu deus, como são lindos”.
Um toque de silencio.
Voltou a si e se viu parado em frente à garota, assustada, claro. Parecia um demente sem reação.
- Desculpe moça, pensei que fosse outra pessoa. Mil desculpas.
A garota de olhos cor do céu acenou com a cabeça soltando um sorriso sem graça, parecia ter aceito as desculpas sem problemas. Matheus se virou e saio dali rapidamente tentando não esquecer a imagem daqueles olhos.
Andando sozinho pelo salão encontrou alguns colegas distantes, aqueles colegas que há anos não via e que nunca manterá contato. Lucas estava ali, aparentemente se enturmado com os colegas do passado, e esse, logo que viu Matheus gritou-o e acenou.
Andou até o grupo e cumprimentou a todos com um aperto de mão firme.
- E ai galera, qual é a boa? - Perguntou o garoto que acabou de se juntar ao grupo.
- A boa é essa aqui. – Um dos rapazes tirou do bolso um cigarro, aparentava ser, mas era um pouco mais fino e longo, a ponta estava enrolada e não existia filtro.
- Isso é maconha?!
- Que isso Matheus, você nunca deu uma bolinha? Ta a fim de experimentar?
- Cara, estou tranqüilo. Nem curto esse bagulho.
- Vamos ai Matheus, eu também nunca experimentei. – Afirmou sorridente Lucas, aparentando estar empolgado com a idéia de ficar mais doido do que já estava.
Nesse momento passou em sua cabeça a imagem do beijo que havia dado em Mariana, pensou em Rebeca e em como as coisas ficariam no dia seguinte. Lembrou em um segundo tudo o que estava acontecendo em sua vida.
“O caso não é só paixão, amor, dinheiro. Festas? Não sei onde quero chegar. Crise existencial Filha da puta!”
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